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31.1.14

Ensaio para uma dona de casa perfeita

Para que ninguém se sinta sozinho nesta dura batalha doméstica ou ensaio geral para uma dona de casa perfeita. 
A nossa casa hoje está assim. 










30.1.14

Sabes que és mãe, aliás, tens a certeza absoluta, quando precisas de um alguidar.

Tenho lido alguns “sabes que és mãe quando…” e claro são sempre tão fofinhos. Tão amorosos. Tão algodão branco e pãezinhos de centeio. Acabadinhos de sair do forno.

Acabadinha de sair do forno é como eu me sinto. Mas no meu caso a coisa assou demais e eu estou assim “pró esturricado”.

Sabes que és mãe, quando logo pela manhã, desejas ardentemente que seja verão, ou pelo menos primavera e não tenhas que vestir camadas de roupa em duas crianças com acessos de minhoca viscosa que se escapam a cada tentativa de lhes enfiar uma perna dentro de um collant ou um braço numa camisola interior.

Aliás, sabes que és mãe quando o teu interesse por camisolas interiores vai para além do óbvio ou racional: “ Julieeeeeeeeeee, as camisolas interiores estão lavadas? Ai tu queres ver que agora não há camisolas interiores lavadas! ÓOOOooooOOO Julieeeeeeeeeee as camisolas interiores estão todas molhadassssssssssssss pá!”

Sabes que és mãe quando começas a ter pensamentos: “Eu quero é que as camisolas interiores safodamsafodamsafodam!” Logo de manhã cedo, ainda antes das oito de la matine! ÓOooooOOOOoo Julieeeeeeeeee as camisolas interiores e agora?

Safodamsafodamsafodam!

Sabes que és mãe quando sabes que não podes dançar pela casa antes das oito de la matine a cantarolar safodamsafodamsafodam! Dãaaaao!

Ora sabes que és mãe, quando, já no carro a caminho dos afazeres, toda a tua família se descabela com um ataque de tosse da mais nova: ”Epá dá-lhe um dodot! Vai-se vomitar toda! E tu qual ninja dodotiana, dás um 180 de rabo e viras-te para trás e com a maior das destrezas alcanças toda uma baba gregoriada com um dodot na ponta dos dedos (nasceste de braços curtos, mas isso são pormenores! Qualquer dedo mais esticadinho…!) e cantas vitória em pleno eixo norte sul!

Sabes que és mãe quando já sentada de frente ouves “A” tossidela final e gruááááshlpppp: “Olha pronto já está toda vomitada!”

Sabes que és mãe quando, a descer a Av. Das Forças Armadas, o mundo te impede de cantarolar, com a cabeça de fora do carro: “Jásafodeujásafodeu Jásafodeujásafodeu a camisola interioreeeeeeeee!”

Sabes que és mãe quando chegas à porta do colégio e tens que limpar vomitado… snif snif snif… e o cheiro não te incomoda!

Sabes que és mãe quando durante o dia tens uma epifania e perante ti surge um alguidar… tu e um alguidar… camisolas interiores de molho no alguidar… a tua cabeça no alguidar… tu de molho… os dias de verão… quentes… finais de tarde e tu com um alguidar… a tua cabeça no alguidar… podias sonhar com praias… palmeiras…

Sabes que és mãe quando um alguidar basta. Tudo de molho e já não há cheiros, aliás que safodam os cheiros, a tua cabeça enfiada no alguidar…

Safodamsafodamsafodam…

Sabes que és mãe quando ao sexto safodam tens que te recompor e começar a pensar no jantar. Esse tema tão actual como o que raio vou eu fazer pró jantar?

Sabes que és mãe quando um pacote de batatas fritas e uma lata de salsichas gritam por ti nos corredores do supermercado… sabes que agora é a sério quando não podes dançar ao pé dos bróculos e dos espinafres e gritar-lhes: “ safodamsafodamsafodam… les épinafreeeeeees!”

Les épinafreeeees!

E sim, sabes que és mãe quando pegas no alguidar, o enfias na lava loiças e lavas os espinafres e os brócolos e os transformas em sopa… sabes bem miúda! Porque ao mesmo tempo já sacaste as camisolas interiores da máquina e as estendeste… sabes bem, miúda! Agora é a sério!

Sabes que és mãe quando tudo isto se aplica também ao pai, olha é sinal que safoderamsafoderamsafoderam… olé! “ÓoooOOOOOOoooo Julieeeeeeeeee as camisolas interiores pá!"

E amanhã é outro dia! E ainda bem!

Inté, minhas pessoas!

24.1.14

Um post ao contrário.

Tenho andado a guardar algumas histórias de clientes que passam aqui pela loja.

A cliente avestruz. A dar a dar à cabeça, para a frente e para trás, esquerda direita.

O cliente esbugalhado. Entra, esbugalha os olhos, dá meia volta, esbugalha uma vez mais e sai. Mudo e quedo, com os olhos em órbita.

A cliente pézinhos de lã. Entra, ninguém dá por ela e de repente Buuu aparece-me ao lado. Apanho cada susto.

A cliente deprimida. Vocês não têm o que eu quero. Já vi tudo. Nunca encontro nada. Corro tudo e tudo, e nada. Não há nada para mim. Assim como entra, sai. Nunca fico a saber o que procurava.

A cliente indignada. Vocês só vendem estas coisas velhas?

A cliente indecisa. Normalmente faz-me companhia, ou antes frita-me os miolos, durante cerca de 2 horas e meia, enquanto decide entre dois tons muito semelhantes de qualquer coisa e no final não se decide por nenhum e fica de cá voltar. E volta. O problema é que volta. Para mais uma sessão "vou-te fritar os miolos".

E tantos, tantos outros.

Contudo, hoje este post é ao contrário.

Hoje se eu tivesse sido atendida por mim, vinha logo aqui debitar teorias acerca da senhora da loja com tiques de morcega ou bruxa das cavernas. Na pior das hipóteses poderei ter sido considerada gótica. Gótica!? Eu...fónix. Não mesmo!

Entrou um rapaz, educado, simpático. Na hora de ir embora, pergunta-me se sei onde se vende velas em Alvalade.

Eu, a olhar para ele, só pensava "Loreto, Loreto".

- Aqui em Alvalade só na Funerária.

Ele a olhar para mim com o maior sorriso amarelo já visto. Errrr...

- Mas não se horrorize há lá coisas muito giras.

Ele a olhar para mim com o maior sorriso amarelo já visto. Errrr...

- Pois... ah... eh...errr...

Julieta Emília tu deves ser tarada, doida varrida, mas porque raio te foste lembrar da funerária, nem nunca lá foste, só passas à porta e benzes-te logo, cruz, credo, lagarto, lagarto, lagarto, ó deus, ó deus, xispa, belzebu!

- Também pode ir à Viva, lá também têm muita escolha...

O rapaz saiu, e eu fiquei para ali a pensar: Mas que raio pá! Deves ser parva!

Ainda me ri com a Cláudia, e agora estou a achar-me a maior idiota. Porque é que eu não fico calada? A funerária?... benza-me deus!

Agora eu é que devia virar avestruz e enfiar esta mona num buraco grande, esbugalhar os olhos, e garantir que não engulo nenhuma minhoca quando abrir a boca a mais da conta!

"... têm lá coisas giras..." DÁ PARA ACREDITAR?

Mas também com tanto maxilase e ben-u-ron ontem, o dia de hoje prometia...

A ver se não aparece aí a Cliente-LuxoAfricano-Sulista-Falida-Doida Varrida, que quer à força vender aqui as suas malas de cobra de alto luxo, a dizer que isto é uma loja de ciganas, e que as coisas dela são demasiado boas para esta espelunca. Que isto hoje promete! Ó se promete!

Bom fim-de-semana, pessoas!

23.1.14

Hoje estou que não me aguento * Parte 3.472 e meio

Acordei cheia de dores de garganta, dormi mal, estou com o pingo (QUE É A PIOR COISA QUE HÁ DEPOIS DE UMA VALENTE DOR DE BARRIGA), estou com um humor de fugir e com o mau feitio nos píncaros.

Mal me vi ao espelho pirei-me logo. A minha cara amarela com o cabelo no desalinho total e as bochechas descaídas estão qualquer coisa de fugir!

A parte em que estou gorda, ok já sei, já sabemos, e hoje eu até tinha tempo para ir ao ginásio... só que respirar já está a ser difícil, quanto mais ir arfar para a passadeira. BOLAS PÁ!

Hoje tinha tempo para preparar uma selfie à maneira, mas com esta caronha, e de boca meio aberta, toda entupida, não me parece!

Estava tão tristonha há bocado, mas agora animei-me e inventei uma forma de me animar no futuro.

Ânimo em forma de frase de auto ajuda. Não é novidade. Portanto para dias difíceis uma frase animadora, da nossa própria autoria que assim bate forte cá dentro (GOD estarei possuída por um espírito parvo? isto não era a outra que dizia? a outra que eu nunca vi lá dentro mas que o mundo me espetou na cara e é impossível eu não saber quem é? Vai de reto, vai de reto, xispa, aparição!).

Então cá vai o pensamento do dia para esta semana:

"Eu não sou gorda. Sou uma relíquia renascentista."

Com os dias contados, que a seguir ao Renascimento, na versão o meu "Eu Gordo", vem o Iluminismo, num muito próprio "Eu consciente" e daí é um pequeno passo para o Humanismo, e um sonoro "Eu gosto de mim"!

Portanto já me animei, espero ficar melhor da ranhosice e da garganta inflamada, inspirar fundo e ir à luta. Vai meter patins e corridas. M.E.D.O! Que ainda me dói o rabo do estatelanço na cozinha!

Vejo tudo a comer cenas saudáveis que nem sei o que é, tipo proteína whey e bagas goji, rabos gordos a virarem bumbuns de calçadão, que começo a querer o mesmo.

Depois penso em queijo e afins, copos de vinho tinto dos deuses e óooooooooOOOOOOOOó... temos pena, miúda!

Mas depois também vislumbroo aqueles primeiros dias de sol, quentes, em que tenho que tirar a camisola, naqueles dias em que ainda estou amarela do inverno, e por mais que me encolha continuo gorda... sabem? E todos à nossa volta tiram as camisolas triunfantes, com cara de bróculos e xarope de acer com um escrito na testa em letras garrafais "Eu sou Corrido-Saudável-de-Cu-Teso"? Pois...

Pois eu que até estudei Recuperação Urbana, posso agora aplicar conhecimentos transpondo-os e reconstruir-me, passando de Relíquia Renascentista para Relíquia Futuro-Corrido-Patinadora-de-Cu-Teso.

Portanto esta texugo-ranhosa já se animou e deseja-vos um óptimo dia, pessoas!

Obrigada por me aturarem, não imaginam o bem que me fazem!

21.1.14

Ando a desenvolver uma teoria. Tem a ver com puns.

Está uma multidão. Uma pessoa dá um pum. Ninguém se acusa. Pode ter sido qualquer um. No fundo não interessa quem. Todos os dão. E normalmente nem há grandes diferenças. Mais Pfffffffffff ou mais Brrrrrrrr. No final é um pum.

Há uns anos eu dei o maior pum da minha história. Tive uma testemunha. Pobre marido. Durou quase um minuto. A minha desculpa? Eu estava grávida. Podemos desenvolver várias subteorias. Não agora. Mas este foi o meu maior pum. Pobre marido.

O que ficou desse meu mega pum? A lembrança desse momento de glória. Nunca mais nenhum pum foi como aquele. Tornou-se um mito. Memorável. Quase um minuto. Um barulho ensurdecedor. Nós parados. Até onde pode ir um pum? Não é para todos. Foi tão original que será para sempre recordado. Acho que nem o Mr. Methane.

E estou para aqui a falar do meu super-mega-pum para quê?

Para debitar mais uma teoria sobre a falta de originalidade.

Ou seja, minha gente, caras pessoas, vão continuar a dar puns que se perdem na multidão, que podem ser de qualquer um, que não têm nenhuma identidade própria, ou vão dar "O" pum? Aquele que se for dado no mais ruidoso dos lugares, no meio da maior multidão, todos saberão: "Epá este pum só pode ser de sicrano!" e ouvir coisas como: "Não, estás enganado... ora atenta lá neste aroma... só pode ser de uma casta, é demasiado original. É de Beltrano!!"

É que eu de facto estou farta de Pffffff`s e Brrrrr`s iguais ao do vizinho.

Ó pessoas por favor sejam originais, inspirem-se nos outros, que é tão bom, mas não façam tudo igual, por favor, destaquem-se, vamos todos sair a ganhar! Não concordam?

Isto para dizer que eu acho um pum andar a misturar espinafres, bagas, adoçantes melosos, frutas e sabe-se lá mais o quê, chamar-lhe pequeno almoço saudável, enfiá-lo no frasco das azeitonas, tirar fotografias e partilhar! E eu até acho isto muito bem, o pior é que são mil a fazer isto.

Ou então a cena da costura. EU NÃO AGUENTO LETRAS DE TECIDO. PANOS E SAQUINHOS E MERDINHAS, TUDO IGUAL, TUDO IGUAL! Até os tecidos... isto é um Brrrrrrrrr!

E nem me falem em sessões de grávida, no meio do jardim, em Janeiro, um frio de rachar, e a barriga de fora... Não é a barriga. Eu adoro barrigas de grávida. É o despropósito da cena. Ninguém está sentado num retrato de família, tudo encasacado, e de repente uma trolaró com a barriga de fora... isto é um Pfffffffff!

E pleaaaaaaaaaaaaase, deixem a ardósia em casa...

Podiamos acrescentar milhares de linhas a esta lista. Milhares!

Gosto tanto de blogs...O pior é que eu já não sei o que é de quem. O pior é que eu perdi-me, e como eu tantos leitores, que também procuram originalidade, gente!

Posto isto, minhas caras e caros, Sicranas e Beltranos, Beltranas e Sicranos, se é para dar um pum, então GO FOR IT! Mas à séria. Que fique na memória! Que perdure na história! Que seja indissociável de vossemecês!!

Boa semana, gente! Com Brrrrr´s, mas de frio! E alguns Pffff`s, mas para esta chuvinha que estraga o mood ao pessoal!

GO FOR IT!


20.1.14

Se preciso fosse.

E é. Infelizmente é. É necessário e urgente assumir uma posição porque há quem não tenha percebido.
Há quem não tenha percebido o que é isso do amor. Entre duas pessoas.

Há quem não tenha percebido o que é isso do amor entre duas pessoas que querem partilhar esse amor criando, educando e amando uma criança, ou duas, ou três.

Feliz da criança que possa ser fruto do amor de duas pessoas especiais. Feliz da criança que tenha em casa um porto de abrigo. Feliz da criança que saiba o que é um colo. Feliz da criança que possa usufruir de tudo isto em dobro. Feliz da criança que cresça, que parta pelo mundo e que nunca perca o norte. Que saiba sempre onde voltar. Que tenha sempre dois abraços fortes onde se aninhar.

E quem somos nós para dizer “Não, não podes!”? Quem somos nós para achar, que duas pessoas que se amam, que se sentem capazes, que estão dispostas, que farão tudo, tal e qual como fizeram por nós, e tal e qual como fazemos todos os dias pelos nossos filhos, não estão à altura?

Eu sou mãe de 2 crianças, não sei o que o futuro me reserva, lhes reserva, não sei que pessoas as minhas filhas serão, não sei que caminhos vão elas escolher, mas uma coisa sei, porque estou aqui agora. Vão caminhar na vida sabendo o que é o amor e a partilha.

Oiço, pais e mães, perguntarem: “Então e depois na escola? O que vão os outros miúdos dizer a uma criança que tenha dois pais ou duas mães? Vai ser gozada, vai sofrer…”

Não, não vai. Quem vai sofrer é quem tiver sido educado sem amor, solidariedade, compaixão, partilha e segurança. Quem vai sofrer é quem receba o mundo de forma distorcida. Quem vai sofrer é quem não perceba o mundo livre. Quem vai sofrer é quem seja toldado para a ignorância.

Cabe a cada um de nós transmitir aos nossos filhos que a “normalidade” somos nós que a fazemos, que devemos estar atentos e sermos responsáveis por não formatar o mundo à nossa própria imagem, somos todos diferentes e todos temos o direito de usufruir de um mundo saudável, com pessoas conscientes do outro, ainda que o outro não seja o nosso reflexo de perfeição.


Ainda que seja um passo tão pequeno, hoje é um dia bom. Para todos e, em especial, para os nossos filhos.
Esperamos então que lá da Assembleia da República venham bons ventos.

Boa semana, pessoas!


17.1.14

Voltando ao início.

Ai pessoas, têm sido dias de muito trabalho. Agora parece que acalmou. E é sempre assim. Sempre que tento avançar com uns quantos sonhos que guardo na gaveta e penso agora é que vai ser pumba, toma lá trabalho a dobrar. Sim, estiveste dias a anhar, à espera que surgisse alguma coisa, até as moscas ouvias, para cima e para baixo, zzzzzzzzzZZZZZzzzzZZZZ, agora não te queixes.

E pessoas, o problema é que é sempre assim há anos, nunca sei se, onde, quando, quanto trabalho vou ter. Isto porque o meu trabalho, sim o meu trabalho, não, não é a loja, sim eu trabalho noutra coisa e sim é de grande responsabilidade, e parte de quem trabalha comigo nesse trabalho nem sonha a vida paralela que levo, com loja e velharias e blogs e fotografias, sim fotografo, e sim ainda está tudo na gaveta, e sim esse é um dos meus sonhos, e sim já me calava, e não, o outro trabalho não é nada criativo, e sim eu até gosto de o fazer, e não, não me estou a queixar, e sim talvez tenha chegado a altura de mudar, e sim eu quero perseguir os meus sonhos, e sim é tão difícil, e não, não quero desistir, mas sim tenho contas para pagar, e não, não sei bem por onde começar e sim, eu sei que é pelo início.

Então voltando ao início.

Têm sido dias de muito trabalho. Muito trabalho. 2 crianças. 2 gatos. 1 marido. 1 casa. Pilhas de roupa húmida que nunca seca. Pilhas de roupa acumulada. Se não são 3 máquinas de roupa para ser estendida por todos os cantos secos da casa são pilhas de pijamas, de partes de pijamas, de pares de meias, de casacos, de sapatos, tantos sapatos por todo o lado, pilhas de loiça, a suja e a lavada, o chão por varrer, o chão por aspirar, as janelas a denunciarem dias de chuva intercalados, jantares para fazer, O QUE FAZER? Todos os dias massa ou arroz, arroz ou massa, maçãs cortadas, copos de água, camas por fazer, vou só puxar as orelhas à cama, tudo, tudo, tudo, tudo. E quando tudo parece estar na ordem eis que volta tudo ao início.

Então voltando ao início.

Ou dou o grito do Ipiranga e escafodo-me* ou deixo-me ficar com mil cenas e arranjo mais uma e é o caos e aí… olha, pois é, escafodo-me* de qualquer maneira. E depois de escafodida* o que acontece? Volta tudo ao início.

Então voltando ao início.

Têm sido dias de muito trabalho e por isso temos andado arredados mas eu e o Afonso temos altos planos para este ano. Ainda não sabemos bem o quê ou por onde começar… olha talvez pelo início…

Então voltando ao início.

Sou só eu que me sinto assim no início do ano ou é uma cena geral? Parece que devemos tudo ao ano novo e que não podemos falhar, e desta é que vai ser, e o peso nos ombros é tão grande que rapidamente os joelhos cedem e começamos a rastejar nos caminhos já percorridos e de repente estamos a meio do ano e nada, só aquela angústia, e de repente é verão, e deixa lá, e depois as castanhas e a água pé, e depois o natal, e de repente, num piscar de olhos voltamos ao início?

E é ano novo outra vez.

Ai pá a sério a ver se é desta! Deixem-me só descobrir por onde começar e logo vos digo como será, aguardem que é para seguirem tudo desde o início.

E já agora, pessoas, bom início de fim-de-semana!

*Parece que o correcto é ESCAFEDER, mas olha que "sa f***a", apraz-me dizer!


10.1.14

Uma cena retro-louca-parceria-fotográfica-cerâmicohumana

Eu e o afonso procuramos um nome fixe, bem fixolas, para as nossas fotografias. Por agora estamos com "afonso, o cão de loiça tira fotografias". Queremos uma coisa simples e divertida que espelhe bem a dupla que somos. Como não somos graficocromos a coisa vai perra e quem quiser dar sugestões esteja à vontade. Queremos ser genuínos portanto isto vai assim, como dizê-lo? profissionalizando-se! Lá chegaremos. vamos dar inicio a esta cena retro-louca-parceria-fotográfica-cerâmicohumana. Quem nos acompanha?