Eu podia ser uma boa empregada doméstica, e quem diz doméstica, diz electricista ou canalizadora ou pintora ou trolha ou canteiro ou o que for. EXCEPTO…
EXCEPTO fiscal da emel. E.x.c.e.p.t.o FISCAL DA EMEL. EMEL!
Acho que posso definhar (cruz credo canhoto), mordo a língua 3 vezes, benzo-me, mas fiscal da EMEL jamais! “Jamé” em tempo algum!
Eu não os suporto. Eu odeio fiscais da EMEL. Tinhosos. Lesmas. Rastejantes da calçada portuguesa. Bufos. T.I.N.H.O.S.O.s!
E vocês perguntam: “Ah foste multada e tás ca`raiva? Isso passa!”
Não meus caros, não fui. Eu ponho moedas no parquímetro. O que fazer? Sou uma cidadã cumpridora. Ou então estaciono o carro a milhas e caminho rua fora, para poupar dinheiro.
Eu não gosto deles e delas porque, e a ver aqui pelos espécimes que deambulam todo o dia por Alvalade, engoliram um galo na formação para fiscais (bufos) onde pouco mais devem ter aprendido que saber ler o ticket que sai do parcómetro. Tipo (momento Pépa) 12am é diferente de 12 pm. Doutorados em tickets. ESPECTACULAR!
Gingão. Um caminhar lento. Mãos nos bolsos e óculos escuros. Rato. Sempre à coca. Gira entre os carros. Pára diante de um carro. Olha em redor. Alça da crista. Fica em pose “Eu cá sou o fiscal da EMEL, cuidado gentinha, cuidado comigo! Eu cá sou um às a ler <tickês>. Estou de olho, people!”. Continua o seu caminho. Lança graçolas para a colega. Outra rata. De esgoto. Mais astuta. Sempre alerta. Mamas esticadas para fora a fazer par com o rabo entesado. A miss Sheila fardada de lesma da EMEL. Pose de pavoa. Nunca cede. Ar de má. Cabelo loiro pintado. Unhas arranjadas. Nem olha para os <tickês>. Demora-se à porta das lojas: “Eu vou a passar! Cuidado comigo. Tenho aqui um bloco. Cuidado com o meu bloco. Olhem para mim. Quantas queriam estar neste meu lugar de fiscal? Sou a maior lá do bairro. Cheguei longe. Carine Marise. Nunca pensaram pois não? Que seria possível? Quase doutora dos tickês!”. Riem-se muito um para o outro, em modo grunho, claro está, perante os cidadãos incautos:" Eh, eh (riem como se fossem cibernautas) eh, eh!". Grunhos!
E é quando aparece alguém esbaforido, a pedir clemência e pãezinhos quentes a estes dois tinhosos, que eu atinjo os pícaros da minha raiva EMELIANA. Aquele ar superior, aquela pose de “eu quero eu posso eu mando”… ODEIO-OS! A pessoa devia ter pago, não pagou, então vai ser multada. Ok. São as regras. Agora o que é absolutamente irritante é aquele ar de estrela cadente, aquele relinchar, aquele olhar altivo perante o pecador, o pequeno ser que não pagou. Quase que lhes vejo os corninhos e o rabinho pontiagudo. Diabos!
Um dia, eu vou ali à loja dos chineses, compro um “mata-moscas”, ponho-me à porta da loja, e de cada vez que passarem: Zuca na mona! Pás! Pássssssssssss! Tsssssssss! Até ardia! Ah isso é que era! Vou também à loja dos indianos compro um rádio a pilhas, que os têm lá bem jeitosos, e de cada vez que os vir a passar, guincharei: “Vá Iran Costa, cantaí meu chapa! É o bicho, é o bicho, voutxe dévoraaaaaaaaaaaaaaaaá!” No dia a seguir internam-me mas ninguém me tirará o gosto de ter acertado em cheio no bicho! Pás! Pássssssssssss! Tsssssssss! Até ardiiia! Páaaas em cheio na mona! Ah já “fostesssss”! Como diz a outra! Páaaaas! “Fostessse!”
Temos que aliviar o stress, não acham? Boa semana, gente!
Cá não há disso. Praise the lord.
ResponderEliminarUma vez bloquearam-me o carro. Eu não tinha dinheiro para pagar a multa, nem tinha dinheiro no telemóvel (pelintra...), começou a chover e o próximo multibanco estava a um km de distância- numa subida. Ah... eu eu estava grávida de 8 meses. Ok... comecei a chorar... e os bichos nada...
ResponderEliminarOs chineses têm uns mata moscas tipo raquete que dão choque... bzzz... compra desses!
ResponderEliminar☺ vemos os mesmos bichos ☺ também ando por Alvalade, mas sempre a pé ;)
ResponderEliminarAnita, terás então o (des)prazer de te cruzar com estas duas avantesmas! Circulam por aqui diariamente:D
ResponderEliminarEm tempos vivi em Alvalade, S. João de Brito, pelos lado da Rio de Janeiro. Não tinha parquímetros até ao dia em que apareceram acompanhados do boato que teria sido o presidente da junta a pedi-los, por um dia não ter onde estacionar o carro dele... a verdade é que eles lá estão e eu mudei sem ter esclarecido o porquê de numa rua apenas residencial haver parquímetro.
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