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21.5.13

A descompensada ou aquela pessoa que vive em minha casa e que os vizinhos apenas ouvem gritar ou Eu


Não se deve gritar com as crianças, deve-se apelar ao diálogo, com calma fazê-las ver que a sua forma de agir por vezes não é correcta e com uma boa conversa levar “os barcos” a bom porto.

Hã? Ah está muito bem.

- Rosarinho vai lavar os dentes… (1, 2, 3, 4…) anda… por favor… vai lá… (não grites Julieta, não grites!) estás a ouvir a mãe?... ( não vou gritar, não vou gritar, não vou gritar…) por favor… Rosaaaarinhoooo… a mãe está atrasada… por favor… por favor… por favooooor!

Não dá pessoas! NÃO DÁ, BRILHANTES DA PSICANÁLISE, NÃO DÁ E TENHO DITO!

ROSARINHOOOOOOOO ANDA LAVAAAAAAAAAAAAR OS DENTESSSSSSSSSSSSSS! GRRRRRRRRRR!ARGGGGGGGGGGGGG! JÁ IMEDIATAMENTEEEEEEEEEE!

- Mercês anda vestir o pijama… por favor… (1, 2, 3, 4…) anda… por favor… vai lá… (não grites Julieta, não grites!) estás a ouvir a mãe?... ( não vou gritar, não vou gritar, não vou gritar…) por favor… Mercêeeeees… já é tarde… por favor… por favor… por favooooor!

MERCÊEEEEEES ANDA VESTIIIIIIR O PIJAMA! GRRRRRRRRRR!ARGGGGGGGGGGGGG! JÁ IMEDIATAMENTEEEEEEEEEE!

- Não façam tanto barulho, por favor! Estão a incomodar as pessoas, por favor… por favor… por favor… CALÔOOOOOOOOOOOOOOOO! JÁ!

É quando o berbequim me atinge o cocuruto, tzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzztttttzzzzzzzzzzzzz! E há dias em que parece mais uma moto-serra tímpanos adentro! Também temos dias em modo martelo pneumático! Trrrrrrrrrrrrr!Trrrrrrr!TRRRRRRRRRR!

Como não gritar? Expliquem-me como se eu fosse (que até serei) muito burra! Eu, mãe das cavernas lido muito mal com “ pedidos feitos dezenas de vezes”, sim, gente, eu antes de me descabelar já pedi, já implorei, já roguei! É como se nada fosse! Estão-se nas tintas!

As minhas amorosas e queridas filhas são umas miúdas muito porreiras, que são, quando querem, quando não estão para aí viradas, só lhes falta as ventosas nas mãos, porque se as tivessem até no tecto elas andavam! E não, não estou a exagerar!

Portanto vizinhança zen que habita no meu prédio, gente do amor, com quem me cruzo, pessoas da paz e do malmequer na orelha, mamãs nestlé à porta do colégio, aqui esta vossa amiga antes de se ter descabelado, antes de gafanhotar tudo ao seu redor, antes de esbracejar que nem uma possessa, já pediu, já implorou e já rogou, já falou baixinho, tentou manter a calma, mas passou-se… passou-se… que o sangue ainda me corre nas veias! Ah se corre!

Quantas vezes já vos aconteceu, depois de fazerem de tudo para não gritar, mas os pequenos infantes vos levaram ao extremo, e já só quando estão aos gritos e embruxadas, é que passa uma mamã nestlé com olhar reprovador, toda ela lufada de ar fresco, toda ela “laqué e rímel”, toda ela mulher e mãe realizada, e vos fuzila com olhares de horror e avança com pezinhos de lã e sapatinhos de princesa?

Bardamerdinha! Que é para não dizerem que eu além de descompensada tenho a língua afiada!

Boa semana, gente! Vou ali pôr-me de perninhas à deusa hindu e dedinhos espetados para baixo a ronronar “Ooooooooom… oooooom! A ver se resulta! OOOOOOM!



2 comentários:

  1. Ahahahahahahahahah! Desta vez não consigo deixar nenhum comentário "inteligente" dos meus!! Estou perdida de tanto rir! Acho que conheço muitas boas "mães das cavernas"... é a vida... :)

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