Bom ano, gente!
Hoje queimei a língua, o céu da boca e até os dentes da frente com uma canja a ferver, uma grandessíssima filha de galinha torta de uma tigela de canja que por 3 vezes saiu morna do microondas e à quarta vez, dissimulada como só uma canja pode ser, e sem vestígios de vapores nem fumos, sorvi sofregamente directamente da tigela julgando-a uma vez mais morna... até os dentes queimei... estou portanto com um humor de gato escaldado em dia de vacinas e exames endoscópicos da bexiga.
Com isto tudo, diz que é fim do ano.
E com o final do ano vêm aquelas listas intermináveis de acontecimentos e balanços do ano transato.
Não gosto de balanços do ano nem da palavra transato que só me lembra as finanças em mês de IVA e IRS.
Enerva-me que daqui até ao princípio de Janeiro as publicações só falem do ano que passou... e eu até os dentes queimei...
Eu sei que se tivesse tido "O" ano haveria de gostar de fazer um apanhado dos melhores momentos.
Como o meu ano foi sensaborão e completamente boring até mais não, deixo-o quieto na sua eternidade e adeus ó vai-te embora.
Para o próximo ano continuo a querer aquilo que sempre quis e aquilo com que gasto todas as hipóteses de formular desejos: saúde!
Quero estar forte e rija e que os meus estejam fortes e rijos e que os do lado estejam fortes e rijos. E que nunca mais nenhuma canja se dissimule por trás de uma camada de gordura galinácea e, por não fumegar nem dar sinais de fervura, deixe alguém com a boca a ferver... até os dentes, gente, até os dentes queimei...
E é rija e forte que vos desejo, pessoas daqui, e do lado, e dos arredores, um ano cheio daquilo que mais desejam e anseiam.
Que isto com saúde faz-se tudo, até mesmo mais do mesmo, menos do menos ou mais do mais ou ainda mais e mais para chegar ao tanto!
E cuidado com as tigelas de canja... depois das festas é um ver se te avias de canjas ultrafumegantes e desintoxicadoras de excessos natalícios.
Bom ano, gente!
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