Depois de sermos mães tudo muda. Para além de sermos mães das nossas crias passamos a ser mães do mundo.
Desde o primeiro dia de escola das minhas filhas, e a Rosarinho entrou com 5 meses na creche, que sou mãe de todo um grupo de funcionárias, o que ao início me fazia muita confusão, porque convenhamos, a nossa criança ainda bébé nem sabe falar quanto mais dizer mãe, e ter um grupo de mulheres a chamarem-me mãe era muito estranho, agora já estou habituada.
E somos realmente mães em todo o lado e a toda a hora. Lembram-se da mãe estilosa de saltos agulha com quem me cruzo à porta do colégio? Se não me controlo era bem capaz de me sair um: “Dá cá a mãozinha, dá cá, para não caíres na escada!”.
A gente malcriada na rua só me apetece distribuir uns quantos: “Ai ai ai, ainda levas uma palmada!”
Mas é no que concerne a cocós e xixis e ranhos, qua as mães se tornam exímias. Impávidas e serenas, falamos de cocós a qualquer hora e em qualquer situação, dominamos na perfeição toda uma paleta de cores e texturas de cocó. Xixis passam a ser uma cena altamente dominada por qualquer mãe e ranho até o chupamos com toda aquela parafernália e kits desentope narizes. Depois de sermos mães aguardamos pacientemente que tubinhos de “bebé gel” façam efeito e damos gritos de alegria quando tarolos do tamanho do “Deus que me livre” saem gloriosos de dentro de um mini buraquinho, é certo que ainda ficamos pasmas com este fenómeno mas na verdade o corpo humano é fantástico.
Há muitos anos um colega da escola borrou-se todo (desculpem a dureza da palavra mas achei que “cagou-se” todo fosse bem pior de dizer!) numa aula de trabalhos oficinais. Começou por cheirar a Pum, mas depois era demasiado tóxico para ser apenas um Pum e rapidamente se descobriu o infeliz dono de umas cuecas borradas. Ele saiu a correr da sala e toda a turma correu atrás dele, recreio fora, a gritar: “ Borrou-se, borrou-se!”. Se eu pudesse ir atrás no tempo, tinha-me dado tantas bofetadas, a mim e aos meus colegas, que nem calculam! Como isso é impossível, sei que um dia o universo vingará o meu pobre colega e cada um de nós que se riu naquele dia terá o seu momento “Pum! Olha já te borraste” e será muito bem merecido!
A mim o universo já me foi dando momentos do tipo: “Lembra-te que um dia serás tu!”.
Este verão tive que levar o marido muitas vezes ao aeroporto. Numa dessas vezes e já um pouco em cima da hora, peguei na Mercês ao colo e vá de brincar! Epá, será que não fez cocó, parece que cheira! Não, não fez, lá estás tu! Confirma aí! Opá não fez, deve ter sido apenas um “desabafo”! Como ninguém confirmou (porquê?) continuei feliz da vida com adorável criança ao colo. Quando saiu do meu colo porque já estávamos com pressa para ir para o aeroporto, eis que a minha perna, as minhas calças cor-de-rosa, em sarja (tecido duro!) numa grande extensão apresentavam-se todas BORRADAS! Uma pincelada de cocó puro, assim bem agarrado! Depois, bem depois foi toda uma sucessão de acontecimentos com gritos e esgares de horror para me livrar daquilo, não estávamos em casa, estávamos demasiado longe de casa, esfregar toda uma “perna de calça” com sabonete, nem sequer considerar a hipótese de usar umas calças da sogra (somos de números completamente diferentes, ai não!) e sair de casa com uma perna toda molhada, de um lado rosa claro do outro rosa escuro, e um cheiro a merdelim! Porque o cheiro de merda (é isto que se chama, não me venham cá com ternuras, ai o cocó… merda!) não sai assim! Não sai não!
E depois do aeroporto dei por mim na H&M do Colombo (e o cheiro a merda, ai o cheiro!) na fila para pagar umas calças que comprei sem experimentar, a olho, e em mega aflição que alguém na fila (EXTENSA) para pagar sentisse o cheiro a merda, senhores, merda! Porque do aeroporto eu tinha que ir directamente para uma festa de aniversário na Ericeira! Um mimo!
Com episódios destes, que acredito que mais cedo ou mais tarde todas as mães passam, tornamo-nos “Mãe de todos”, excepto minhas queridas, de nossos maridos, companheiros e afins. Mulheres adultas que deixam que suas caras-metades as tratem por mãe, ahhhhhh… como dizê-lo? É estranho! A mim não me soa nada bem!
Portanto temos apenas que soltar a “Mãe” qua há dentro de todas nós (e pais, porque há pais que são verdadeiras mães!) e começar a agir, o nosso país afunda-se em merda, temos que “lhe mudar a fralda”, não há como disfarçar, o cheiro começa a ser nauseabundo!
Desde o primeiro dia de escola das minhas filhas, e a Rosarinho entrou com 5 meses na creche, que sou mãe de todo um grupo de funcionárias, o que ao início me fazia muita confusão, porque convenhamos, a nossa criança ainda bébé nem sabe falar quanto mais dizer mãe, e ter um grupo de mulheres a chamarem-me mãe era muito estranho, agora já estou habituada.
E somos realmente mães em todo o lado e a toda a hora. Lembram-se da mãe estilosa de saltos agulha com quem me cruzo à porta do colégio? Se não me controlo era bem capaz de me sair um: “Dá cá a mãozinha, dá cá, para não caíres na escada!”.
A gente malcriada na rua só me apetece distribuir uns quantos: “Ai ai ai, ainda levas uma palmada!”
Mas é no que concerne a cocós e xixis e ranhos, qua as mães se tornam exímias. Impávidas e serenas, falamos de cocós a qualquer hora e em qualquer situação, dominamos na perfeição toda uma paleta de cores e texturas de cocó. Xixis passam a ser uma cena altamente dominada por qualquer mãe e ranho até o chupamos com toda aquela parafernália e kits desentope narizes. Depois de sermos mães aguardamos pacientemente que tubinhos de “bebé gel” façam efeito e damos gritos de alegria quando tarolos do tamanho do “Deus que me livre” saem gloriosos de dentro de um mini buraquinho, é certo que ainda ficamos pasmas com este fenómeno mas na verdade o corpo humano é fantástico.
Há muitos anos um colega da escola borrou-se todo (desculpem a dureza da palavra mas achei que “cagou-se” todo fosse bem pior de dizer!) numa aula de trabalhos oficinais. Começou por cheirar a Pum, mas depois era demasiado tóxico para ser apenas um Pum e rapidamente se descobriu o infeliz dono de umas cuecas borradas. Ele saiu a correr da sala e toda a turma correu atrás dele, recreio fora, a gritar: “ Borrou-se, borrou-se!”. Se eu pudesse ir atrás no tempo, tinha-me dado tantas bofetadas, a mim e aos meus colegas, que nem calculam! Como isso é impossível, sei que um dia o universo vingará o meu pobre colega e cada um de nós que se riu naquele dia terá o seu momento “Pum! Olha já te borraste” e será muito bem merecido!
A mim o universo já me foi dando momentos do tipo: “Lembra-te que um dia serás tu!”.
Este verão tive que levar o marido muitas vezes ao aeroporto. Numa dessas vezes e já um pouco em cima da hora, peguei na Mercês ao colo e vá de brincar! Epá, será que não fez cocó, parece que cheira! Não, não fez, lá estás tu! Confirma aí! Opá não fez, deve ter sido apenas um “desabafo”! Como ninguém confirmou (porquê?) continuei feliz da vida com adorável criança ao colo. Quando saiu do meu colo porque já estávamos com pressa para ir para o aeroporto, eis que a minha perna, as minhas calças cor-de-rosa, em sarja (tecido duro!) numa grande extensão apresentavam-se todas BORRADAS! Uma pincelada de cocó puro, assim bem agarrado! Depois, bem depois foi toda uma sucessão de acontecimentos com gritos e esgares de horror para me livrar daquilo, não estávamos em casa, estávamos demasiado longe de casa, esfregar toda uma “perna de calça” com sabonete, nem sequer considerar a hipótese de usar umas calças da sogra (somos de números completamente diferentes, ai não!) e sair de casa com uma perna toda molhada, de um lado rosa claro do outro rosa escuro, e um cheiro a merdelim! Porque o cheiro de merda (é isto que se chama, não me venham cá com ternuras, ai o cocó… merda!) não sai assim! Não sai não!
E depois do aeroporto dei por mim na H&M do Colombo (e o cheiro a merda, ai o cheiro!) na fila para pagar umas calças que comprei sem experimentar, a olho, e em mega aflição que alguém na fila (EXTENSA) para pagar sentisse o cheiro a merda, senhores, merda! Porque do aeroporto eu tinha que ir directamente para uma festa de aniversário na Ericeira! Um mimo!
Com episódios destes, que acredito que mais cedo ou mais tarde todas as mães passam, tornamo-nos “Mãe de todos”, excepto minhas queridas, de nossos maridos, companheiros e afins. Mulheres adultas que deixam que suas caras-metades as tratem por mãe, ahhhhhh… como dizê-lo? É estranho! A mim não me soa nada bem!
Portanto temos apenas que soltar a “Mãe” qua há dentro de todas nós (e pais, porque há pais que são verdadeiras mães!) e começar a agir, o nosso país afunda-se em merda, temos que “lhe mudar a fralda”, não há como disfarçar, o cheiro começa a ser nauseabundo!
ai Jasus, Julieta!!!! o que já me fizeste rir agorinha, logo de manhã :))))))
ResponderEliminarolha obrigada por alegrares o meu dia, pode ser q o q começa assim acabe em beleza, desde q não meta merda á mistura :))))))))))) bjinhos
F A B U L O S O!! O que me ri, obrigada!!
ResponderEliminarQue grandes verdades, que belas histórias. E sim, também eu me tornei mãe do mundo, sempre pronta a amparar uma queda ou a conter um ranho...