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4.10.12

As mamas e a vida! Considerações relevantes!

Assuntos de extrema importância têm-me preenchido os pensamentos nestes dias, por aqui se pode ver o que bem que vai a minha vida profissional.

Então que há anos que tento acertar com o tamanho correcto do fato de treino de minhas crianças, de uso obrigatório no colégio.
Pois que até hoje, e acredito nisto piamente, o fato de treino continua a ser desenhado com as proporções todas erradas.
O design do fato de treino das minhas filhas está para a excelência como as minhas mamas estão para soutiens Made in China.
E não me venham cá com considerações do tipo:” Eu não frequento lojas dos chineses portanto excluo-me de qualquer opinião!” Pois que não, caríssimas.
Ir à loja dos chineses em qualquer rua, ruela, beco sem saída deste país é o mesmo que ir à Primark ou para as ainda mais esquisitas à Mango (estas lojas são meros exemplos). Começando pelo cheiro é rigorosamente o mesmo. Aquela cena química, que nas lojas de bairro, por serem espaços mais exíguos, normalmente quando nos embrenhamos loja adentro, que começamos a sentir no nariz, que começa por picar as fossas nasais e que lentamente nos põe os olhos a arder, é uma realidade em qualquer loja de roupa mais comum com artigos 100% Plastic from China.
Comprovo isto em muitos exemplos. O último, uns óculos que comprei na Mango, e onde gentilmente me “deram” uma bolsa para os transportar e que me empestou a mala de tal maneira, que mesmo fechada, eu continuava a sentir o cheiro da bolsa. Exactamente o mesmo cheiro das malas da Primark, que só após semanas de uso e de preferência na rua, vão perdendo.

Voltando às mamas e aos soutiens e a coisas desproporcionadas ou feitas em massa para as massas. As minhas mamas não assentam em soutiens Made in China porque eu não tenho as mamas da Princesa Guerreira (não a Xena, que essa até tem um par bem jeitoso!), 2 cones espetados que facilmente se confundem com 2 mini cornetos. Ainda que sejam XXXXMEGAXXL são sempre em cone ou assim me parecem porque minhas mamas transbordam, em cima, em baixo, na frente e nos lados.

E tal como eu, as minhas crianças, não têm, aos 2 e 5 anos, pernas de 1,20m e braços de 0,15m de comprido. Estranho? Não para quem desenhou os fatos de treino. São fatos de treino para uma espécie que não a humana, mas sim para uma espécie que descubro agora terá pernas compriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiidas e bracinhos curtinhos! Só me lembro de lagartos e dinossauros!
Isto de ser mãe é um sem fim de coisas e coisinhas. Quando se enrolarem com queridos cara-metade e ai que vamos fazer gente! Atentem mulheres na lista sem fim de coisas e coisinhas, e no que se vão meter, porque isto é um FullTimeJob, sem direito a nada, nem a um par de mamas decente, porque essas, coitaditas, se saírem ilesas do primeiro ano de vida de vossos rebentos, garanto-vos que descaem, mais não seja pelas constantes solicitações de colo e olhem que 12kg em média ou mais ai a pender-nos as mamas para baixo, só com soutiens de ferro!
E é com estômago de ferro que aguento considerações como: “Mãe, as tuas maminhas são assim… grandes!” E com a doçura que só uma mãe pode ter, respondo: “ E tu és a minha dinossaurazinha!”


E é que isto das mamas tem-me preenchido os pensamentos porque parece que lhes vejo referência em tudo. Com o acordo ortográfico deixei de ser Arquitecta e passei a ser Arqui”Teta”. Acrescento-lhe um R e é tudo uma treta. E vejo que a minha vida profissional bem pode ser um enorme soutien, de onde transbordo e nunca me encaixo.
Isto é que vai uma crise, pá!

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