Não quero ir. Muito obrigada. Não me faz falta. Sou bem mais feliz se me convidarem para ir a uma esplanada fresquinha.
E não há problema. Não é preciso preocuparem-se com a figura que farei quando finalmente for e parecer uma Lula. Assim como assim vou para o Algarve e o que não falta por lá são lulas. E a seguir vou para Santa Cruz, onde há pão de Mafra, e isso vê-se nas gentes de lá, portanto… estarei muito bem, obrigada. Gordinha e luzidia, em jeito Lula. Recheada!
Agradeço muito que me convidem para ir ao domingo à praia, cheia de pessoas, grandes e pequenas, muitas, que vão de carro e formam filas imensas e desesperantes. Pessoas que se aglomeram em restaurantes de praia, que falam alto, que incomodam com trejeitos idiotas e vozes nasaladas. Que se colam ao chapéu-de-sol do vizinho, porque acham sempre que o melhor spot para colocar as suas coisas é em cima das dos outros. Que guincham toda a tarde. Que correm, que passam pelas toalhas dos outros e cravam os pés bem fundo na areia e a cada passo provocam mini tufões e levantam areia por todo o lado. Que haja sempre um grupo de pseudo futebolistas sedentos de um jogo da bola à beira mar independentemente se está lá meio mundo, que a seguir à “futebolada” correm em triplos saltos mortais para dentro de água e mergulhem em zonas onde as outras pessoas têm água pelos tornozelos. Que quando finalmente me sento tenho logo que me levantar e correr para a beira mar onde o Gil gesticula e barafusta que lhe leve uma toalha que coitadinhas das criancinhas estão cheias de frio e cheias de areia e cheias de tudo e mais alguma coisa, e eu corro, e corro, e faço razias a pessoas deitadas na areia e sinto todo o “pão de Mafra” a gelatinar dentro de mim. E corro e corro e quase tropeço, e corro e agarro as mamas que, e se com muita sorte, não saltaram bikini fora com a chapa nas ondas na última tentativa de me refrescar, saltam com certeza agora nesta corrida de obstáculos até à beira mar, onde me esperam duas crianças birrentas que querem colo até ao chapéu e eu que até já estava sequinha tenho agora que carregar, toda torta e na areia seca, miúdas grandes demais para colo na praia, mas que o pai insiste que não podem pôr o pezinho na areia porque já estão todas passadas por água e mais não sei quê e não sei quê e mais não sei quê… Agradeço mas declino o convite. Seremos todos mais felizes!
E quando finalmente chegamos ao carro e eu, de tão cansada só me quero sentar e fazer todo o caminho de volta a casa em silêncio e com o ar condicionado a refrescar-me a pele ressequida de areia e do sal, ainda levo com um esganiçante e típico “SACUDISTE OS PÉS?”.
Não sacudi. Não quero sacudir tão cedo. E sim sou uma Lula. Recheada.
Boa semana, gente! E sosseguem que a semana passa a correr e não tarda lá estarão todos de volta à praia, e eu estarei numa bela e fresca sombra!
Não estarás só feita lula no areal, sempre te digo.
ResponderEliminarEu só vou à praia nas férias no Algarve.
Porque a praia é logo ali, porque não tenho de vestir muita roupa por cima do bikini (coisa difícil porque fico com as mamas descaídas e as t-shirts apertadas), vivam as túnicas semi transparentes, porque sacudo mal os pés e não faz mal porque o carro só tem de estar limpo daí a 15 dias!
Ah agora ficou a apetecer-me lulas recheadas! Isto não se faz,especialmente porque não sei fazer lulas recheadas... :)
ResponderEliminarlulas recheadas é tãaaao bom... também não sei fazer ;)
ResponderEliminarpor aqui é assim:
ResponderEliminarPrimeiro porque não vamos á praia ao fim de semana-e durante a semana quando vou-vou sozinha com os três-consegues imaginar?mas tem a vantagem de ser pertinho e chego á praia á hora que a malta tá toda a sair...e grito e corro e tou-me a lixar para a areia que fica no carro ...chego a casa stressada e cós nerves vao os pezinhos todos corridos a mangueirada
Não se metam a fazer lulas recheadas que dá muito trabalho!
ResponderEliminarComprem-nas já prontas e é só fazer um refogado.
Ok, não são tão boas...